A
presidência da CNBB concedeu entrevista coletiva à imprensa, nesta
quarta-feira, 27, e apresentou os resultados das reflexões realizadas na
reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), ocorrida na sede da
Conferência, em Brasília.
Durante a coletiva, o arcebispo de
São Luís (MA) e vice-presidente da Conferência, dom José Belisário, leu a
nota da CNBB divulgada pelo Consep sobre os Povos Indígenas e
Agricultores. No texto os bispos alertam que “o momento é crítico e
exige urgente e efetiva ação por parte do governo brasileiro em defesa
da vida, da justiça e da paz entre indígenas e agricultores no país"
O cardeal Damasceno afirmou que o Conselho Episcopal Pastoral se
une “à angústia dos povos indígenas e agricultores diante da inércia do
governo federal e dos respectivos governos estaduais em solucionar
verdadeira e definitivamente os crescentes conflitos fundiários”.
Pronunciamentos
Outro assunto tratado pelos bispos foi a primeira Exortação
Apostólica do papa Francisco, Evangelii gaudium – Alegria do Evangelho,
apresentada pelo Vaticano, na terça-feira, 26. Sobre a exortação, dom
Damasceno destacou que o papa quer exercer um governo de maneira
colegial e em comunhão com os cardeais, bispos, padres, religiosos e com
todos aqueles que servem à Igreja.
Campanha da Fraternidade
Na oportunidade, o secretário geral, dom Leonardo Steiner, adiantou
que a CNBB já está refletindo sobre como irá atuar durante os grandes
eventos esportivos no Brasil como a Copa do Mundo e as Olímpiadas. Entre
as preocupações estão o tráfico de pessoas e a exploração sexual, temas
que serão abordados pela Campanha da Fraternidade 2014.
De acordo com dom Leonardo, a Conferência dos Bispos irá publicar,
em fevereiro do próximo ano, um texto de reflexão sobre o tráfico
humano. “Essa é uma preocupação de toda a Igreja para que o esporte seja
vivido na sua essência. Queremos colaborar sugerindo algumas medidas
pastorais para que as pessoas não sejam utilizadas sexualmente ou
economicamente”, explicou.
Concluindo, o presidente da CNBB, dom Damasceno, disse que os
bispos desejam contribuir na elaboração de medidas para evitar o tráfico
de pessoas, como a venda e comercialização de órgãos e prostituição. “É
uma chaga terrível em nossa sociedade”, enfatizou o cardeal.
Por CNBB
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