terça-feira, 19 de novembro de 2013

Curso debate direitos humanos e relações étnico-raciais


“Animação missionária, Direitos Humanos e Relações étnico-raciais” é tema de estudo do 3º Encontro de Formação para Coordenadores de Conselhos Missionários Diocesanos, Paroquiais e Agentes de Pastoral Afro-brasileira. A formação reúne em Brasília (DF) 50 lideranças. Trata-se de uma iniciativa do Centro Cultural Missionário (CCM) em colaboração com o Conselho Missionário Nacional (Comina).
O estudo conta com a assessoria da Pastoral Afro-brasileira da CNBB e do Instituto de Filosofia Berthier (Ifibe), de Passo Fundo (RS). As atividades começaram na terça-feira, 12, com a reflexão feita pelo diretor geral do Ifibe, padre José André da Costa. “Esse curso é um resgate da nossa identidade cultural, social e econômica, com um recorte da africanidade. Por isso, é muito importante discutir os conceitos e concepções, a cultura e a história africana”, explicou padre José. “Precisamos acabar com a guerra, a escravidão, o genocídio, o racismo na sua face de xenofobia e a desqualificação, para respeitar a alteridade”, completa.
A formação apresentada tem sido muito útil aos participantes, como afirma a pedagoga Maria Auxiliadora Lopes, que colabora com a Pastoral Afro-brasileira.  “Acho importante esse reflexão na Igreja por que nela estão os formadores de opinião”.
O coordenador nacional da Pastoral, padre Jurandyr Azevedo Araújo, também participa do curso e aborda o tema “Missão e alteridade: reconhecimento e fraternidade”.
Segundo o diretor do CCM, padre Estêvão Raschietti, essa temática é fundamental para a missão. O religioso conta que desde o Concílio Vaticano II a Igreja recorda o que é necessário para a promoção da paz no mundo. “Reconhecer os outros e promover laços de fraternidade. Eu posso reconhecer as pessoas sem promover a fraternidade, mas como posso promover a fraternidade sem reconhecer as pessoas?”, questiona. Ele completa, dizendo que é preciso trabalhar o sentido de igualdade, mas também o sentido de diferença. “Precisamos respeitar as diferenças e criar relações que sejam construtivas. Isso tem a ver com os direitos humanos e relações étnico-raciais”.

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